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1 06/09/2019 15:23

Sem corte e minimamente invasiva, a ablação por microondas foi realizada pela primeira vez no Centro-Oeste por médicos do Sírio Libanês

Pacientes oncológicos que não podem passar por cirurgia têm uma nova opção de tratamento. A ablação por microondas, técnica recém-chegada ao Brasil utiliza a radiação microondas para “queimar” tumores, destruindo-os em poucos minutos. Essa semana, o Hospital Sírio Libanês realizou o procedimento pela primeira vez no Distrito Federal. Antes, o método havia sido feito somente em São Paulo.

A ablação é voltada para casos de tumores incuráveis ou quando a cirurgia seria mais danosa que benéfica para os pacientes. Os médicos utilizam exames de imagem, como ultrassom e tomografia, para localizar o tumor. Depois, chegam a ele com a ponta de uma agulha. A radiação esquenta o tumor e mata suas células, fazendo com que pare de crescer e de se espalhar.

Segundo João Paulo Bernardes, médico que realizou o procedimento no DF, uma das maiores vantagens da técnica é a velocidade. Outros tipos de tratamento, como a radiofrequência, podem demorar até 10 vezes mais tempo que a ablação. A velocidade de destruição depende do tamanho do tumor, mas há casos em que, com o novo método, é possível eliminá-lo em apenas alguns minutos.

Por não envolver cortes ou cirurgia, a ablação permite que o paciente receba alta um ou dois dias após a intervenção. Foi o que aconteceu no caso do brasiliense operado pela técnica, João Gastio dos Santos, 73 anos. Com câncer no fígado, ele sofria com um tumor de 4,2 cm. O procedimento durou cinco minutos e o paciente foi liberado quatro horas depois. Se o tratamento tivesse sido feito por radiofrequência, o médico estima que a demora teria sido em torno de 40 a 50 minutos. “Por ser minimamente invasivo, esse tipo de ablação substitui cirurgias convencionais com corte, pós-operatório prolongado e internação em UTI”, detalha João Paulo Bernardes.

Em geral, a ablação por microondas é utilizada para tratamento local de tumores de fígado, pulmão e rim, primários e metástases. Neste ano, o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) realizou uma pesquisa para testar a técnica. Até agora, dois pacientes passaram pelo procedimento. A estimativa é que, até o fim do estudo, outros 60 sejam submetidos ao mesmo tratamento.

A técnica, contudo, não é eficaz contra tumores muito grandes. Também não é indicada em situações em que eles estejam próximo a vasos sanguíneos, pois os vasos poderiam servir como radiadores, esfriando a região e impedindo a total destruição das células cancerígenas. Em casos raros, há o risco de superaquecimento, que pode lesar áreas próximo ao tumor.

*Metrópoles

 







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