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1 15/10/2019 10:30

Uma mulher foi morta a tiros dentro da própria casa por um policial depois que o vizinho ligou pedindo que que verificassem para saber se ela estava bem. O caso foi no sábado (12), em Fort Worth, no Texas (EUA).

Atatiana Jefferson, 28 anos, estava sozinha com um sobrinho de 8 brincando de videogame quando os policiais chegaram. Um vizinho ligou para a polícia dizendo que ficou preocupado ao ver a porta da frente da casa dela aberta e perceber que as luzes estavam acesas, por volta de 2 da manhã. Ele fez a chamada para um número não emergencial pedindo que fizessem uma checagem.

Imagens divulgadas pela polícia mostram que um policial que entrou na área da casa e percebeu Tatiana através de uma janela. Ele manda que ela coloque as mãos para o alto e logo em seguida atira - foram cerca de quatro segundos entre as duas coisas. Atatiana morreu no local. As imagens foram registradas pela câmera que fica acoplada ao uniforme dos policiais nos EUA.

Os agentes fizeram buscas nos arredores da casa até notar uma figura na janela. O disparo foi feito através do vidro. Em comunicado, o Departamento de Polícia diz que o policial "percebeu uma ameaça" e por isso sacou a arma. 

Atatiana tinha uma arma em casa, informou a polícia - o que é legal no Texas. No vídeo divulgado, é possível perceber que os policiais não se identificaram em nenhum momento como sendo da polícia.

O policial que atirou e matou Atatiana foi identificado como Aaron Dean. Ele vai responder por homicídio, divulgaram nesta segunda as autoridades da cidade. Mais cedo, ele se demitiu da força policial. "Nada disso vai amenizar a dor da família de Atatiana, mas espero que mostre à comunidade que nós levamos esses incidentes a sério", afirmou Ed Kraus, xerife da cidade. Ele pediu desculpas aos familiares da vítima em nome do departamento. Lideranças locais pedem que o departamento de polícia passe por uma investigação por parte de uma entidade independente.

Atatiana era formada pela Xavier University e trabalhava com venda de equipamentos farmacêuticos, segundo a família. Recentemente ela tinha se mudado para a casa em que morava para ajudar a cuidar da mãe, que tem problemas de saúde. 

"Ela era uma pessoa esperta, ambiciosa e gentil", disse a irmã de Atatiana, Ashley, em coletiva hoje. "Qualquer pai ficaria orgulhoso de chamá-la de filha", afirmou. "Nós exigimos justiça através de um processo independente, total e transparente". 

"Sua mãe ficou muito doente recentemente, então ela estava cuidando da casa. Ela amava sua vida", disse o advogado Lee Merritt no Facebook. "Não havia motivo para ela ser assassinada. Nenhum. Precisamos de justiça."

O vizinho de Atatiana também falou com a imprensa, logo após a morte dela. "Se não tivesse feito a ligação ela estaria morta", disse, afirmando estar arrependido.

Tensão racial

O caso deixa ainda mais tensas as relações entre policiais e a comunidade negra da região, que viu recentemente um caso similar. Botham Jean foi morto em 2018 dentro da própria casa por uma policial branca que errou de porta, achou que estava entrando no próprio apartamento e atirou no vizinho negro, desarmado, crendo que se tratava de um invasor. Amber Guyger foi condenada esse mês em Dallas a 10 anos de prisão.

Correio







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