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1 04/04/2020 08:50

O secretário estadual de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, disse, na sexta-feira (3), que o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) vai aumentar o número de resultados de testes para coronavírus analisados por dia.

"O Lacen tem capacidade de fazer 500 exames ao dia. Eventualmente não se consegue fazer 500, porque é preciso fazer, às vezes, repetição de exames, e isso acaba atrasando. A média de resultados que nós estamos conseguindo soltar hoje é em torno de 350 laudos por dia. A partir da segunda (6), nós agregaremos uma capacidade de 467 exames por dia, o que, nessa fase, será o suficiente", disse o secretário.

De acordo com o secretário de saúde, o Lacen da Bahia foi o primeiro a adquirir testes reagentes.

"É preciso destacar que nós temos, nós fomos o primeiro Lacen a adquirir esses testes reagentes, nós estamos conseguindo dar vazão à necessidade da Bahia, diferente de vários estados, que precisam remeter para laboratórios centrais ou estão dependendo da descentralização dos reagentes, que é absolutamente insuficiente para a quantidade de exames necessários", contou Fábio Vilas-Boas.

Número de leitos na Bahia

Conforme Fábio Vilas-Boas, a Bahia tem 1.600 leitos de terapia intensiva, sendo 1.200 da rede pública e 400 da rede privada.

"Dependendo do hospital, alguns trabalham com uma relação de 0.7 respiradores por leito. Então, uma UTI de 10 leitos tem 7 respiradores. Outros trabalham até com cinco respiradores para 10 leitos. A RBC (Rede Brasileira de Calibração), que regulamenta isso, preconiza cinco respiradores para 10 leitos", disse.

"Os hospitais do Governo do Estado, em função de trabalharem com uma quantidade grande de pacientes com traumatismo crânio encefálico, grandes cirurgias, trabalha em geral com 1 para 1. Até mais, porque a taxa de conserto, a velocidade do reparo, acaba sendo lento. Então a gente acaba trabalhando com mais do que 1 para 1 de respiradores, tendo sempre reserva".

Até a manhã deste sábado (4), a Bahia registrou 290 casos confirmados e seis óbitos.

"Óbitos são inevitáveis, uma vez que a população está mais suscetível a esse vírus, a população que corre o maior risco de morrer, são exatamente aquelas pessoas mais frágeis. As pessoas mais idosas e as pessoas que possuem doenças concomitantes, que a gente chama de comorbidades", disse Fábio Vilas-Boas.

"Nós estamos trabalhando para que não ocorram óbitos evitáveis. A gente não quer que a pessoa morra porque não teve acesso a um ventilador, um respirador, um leito de UTI. É isso que a gente quer garantir. Se esse esforço todo nosso resultar numa sobra de leitos de UTI, que sobre. O que a gente não quer é que a pessoa deixe de ter o tratamento adequando. Deixe de ter a chance de ser tratada porque faltou investimento por parte dos governos".

O secretário estadual de Saúde da Bahia também falou, na sexta-feira, que os novos respiradores artificiais comprados pelo Consórcio do Nordeste na China vão chegar ao estado pela Argentina. A primeira compra do material foi cancelada pela empresa chinesa que produz o equipamento.

"Nós estamos agora em um processo novo de aquisição de equipamentos com prazo de chegada para o dia 20 de abril, de 600 novos respiradores. Também da China, e vão chegar através de uma rota que vai passar pela Argentina, e deverá chegar aqui na Bahia em meados do mês de abril", disse o secretário.

G1







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