Com R$ 2,5 bi para as 69 universidades e 1,3 milhão de estudantes, instituições como UFRJ e Unifesp, já falam em interrupção das atividades a partir de julho.
Com os cortes, a Universidade Federal da Bahia (Ufba) vem adotando medidas de restrição de consumo (de água e energia elétrica, principalmente) e readequação de serviços essenciais, como segurança, portaria, limpeza e manutenção predial”, divulgou a Pró-reitoria de ações afirmativas e Assistência Estudantil.
Além dos R$ 2,5 bilhões livres, o orçamento das federais também prevê R$ 1,8 bi que podem ou não ser desbloqueados ao longo do ano. Caso isso aconteça, os gastos discricionários chegarão ao patamar de 2006, quando o país tinha apenas 54 universidades federais.
Em nota, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) disse que, se não houver liberação dos recursos, a unidade não terá “como arcar com o funcionamento básico a partir de julho”, e, portanto, “o risco de paralisação total é real”.
Ao todo, o governo prevê gasto de R$ 4,5 bilhões com as instituições de ensino federal neste ano. Em 2019, o governo de Jair Bolsonaro já havia causado problemas financeiros com o contingenciamento de 30% das verbas de todas as universidades federais.
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) também prevê acabar as contas no vermelho. A instituição afirma que deve terminar o ano com dívida de mais de R$ 6 milhões, mesmo tendo ajustes que afetam todos os setores. O levantamento foi feito pelo jornal O Globo.