Um estudo do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas de São Paulo mostra que 43% das crianças e adolescentes ontinuam sofrendo efeitos prolongados da Covid nas 12 semanas seguintes à infecção. As informações são da Folha de S.Paulo.
A conclusão do estudo demonstra a necessidade da vacinação desse grupo como medida preventiva e de acompanhamento dos infectados por um período maior. No dia 16 de janeiro, alguns estados iniciaram a imunização das crianças de 5 a 11 anos.
De acordo com o estudo, as crianças também podem ofrer os efeitos da chamada Covid longa, entre os mais sérios miocardite (inflamação do músculo cardíaco) e diabetes.
No estudo, um grupo de 53 crianças e adolescentes de 8 a 18 anos que tiveram covid sintomática foi acompanhado por quatro meses. No total, 43% delas manifestaram sintomas persistentes, entre os mais comuns, dor de cabeça (19%), cansaço (9%), dispneia (8%) e dificuldade de concentração (4%). Dores musculares e nas articulares, além de má qualidade do sono, também foram relatadas (4%).
"Esses sintomas trazem grande impacto na qualidade de vida dessas crianças e prejuízos escolares, já que existe um déficit de concentração", afirma o pediatra Artur Delgado, coordenador da UTI do Instituto da Criança e do Adolescente do HC.
Fonte: A Tarde