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1 22/10/2016 15:20

Fim de ano chegando, 13º praticamente “pingando” na conta – o prazo para o pagamento da primeira parcela do adicional vai até o dia 30 de novembro e a segunda até o dia 20 de dezembro – e consumidor já começa a imaginar o que vai fazer com o valor recebido. Correr atrás dos presentes de Natal e aumentar uma eventual dívida ou sanar os débitos existentes pensando em novas taxas que terão de ser quitadas já com a chegada do ano novo como IPVA, IPTU e a escola dos filhos?

Independente da escolha por parte do consumidor, uma pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) aponta que o número de brasileiros negativados em todo o país chegou a 59 milhões no mês de setembro, o que representa um aumento de 0,34% em relação a agosto deste ano. Em comparação ao mesmo período do ano passado, o acréscimo foi de pouco mais de dois milhões de pessoas (3,4%).

Desse total, a Região Nordeste do país é a que concentra o maior número de negativados, somando pouco mais de 15 milhões de pessoas nesta situação, representando 39,06% da população adulta da região. Em comparação a setembro de 2015, o aumento foi de 1,32%. Os principais “vilões” do endividamento do consumidor são os bancos (cartões de crédito, cheque especial, empréstimos, etc), seguido do comércio, comunicação (internet, TV por assinatura e telefonia) e contas de água e de luz.

Por conta dessa realidade, a expectativa do setor de comércio é a de que as vendas para o Natal sejam 1,8% menores em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo outro levantamento da SPC Brasil. De acordo com especialistas, a situação se deve por conta do aumento do desemprego, queda na renda média do trabalhador e a inflação elevada, o que acaba restringindo o poder de compra.

DICAS

O dinheiro tão esperado foi recebido. E agora, o que fazer? “O maior erro do consumidor é destinar esse dinheiro às compras e necessidades de consumo sem levar em conta o seu nível de endividamento”, alertou o economista Armando Avena. De acordo com ele, o primeiro passo a ser dado é reduzir o endividamento, principalmente de títulos como as dívidas do cartão de crédito (juros de 500% ao ano) e a do cheque especial (juros de 400% ao ano). “Isso deve ser quitado imediatamente, em conjunto com outras contas atrasadas”, salientou.

Quem tem dívidas habitacionais, por exemplo, o conselho é o de procurar o banco para renegociar o débito.

A partir daí, sim, o consumidor pode buscar satisfazer as necessidades de consumo. Por último, uma dica importante é a de que, sobrando dinheiro, deve-se fazer uma poupança visando novas cobranças que já surgem logo no início do ano como IPVA e IPTU. “Quem consegue quitar as dívidas, fica em situação boa para comprar novamente a prazo no início do ano. Mas, é necessário que o consumidor saiba comprar”, disse.

Saber comprar, segundo ele, faz parte daquela velha dica de sair às ruas fazendo pesquisa de produtos e preços em diferentes estabelecimentos, já que os lojistas precisam vender para capitalizar e refazer os estoques. “Ele deve avaliar se os preços do shopping estão competitivos, iguais aos praticados no comércio de rua. Além disso, a pesquisa na internet é importante. O consumidor deve pechinchar, exigir redução de preços e não aceitar que o valor da compra à vista seja igual ao da compra a prazo. Vale deixar de lado a fidelização para com determinado produto, observando a questão do custo benefício”, apontou o economista.

Apesar disso, o consumidor deve evitar, ao máximo, as compras nas duas modalidades citadas – cartão e cheque especial. “É como se fosse assinar um contrato de inadimplência. A pessoa só deve usá-lo se tiver a certeza de que vai pagar a totalidade do valor no dia do vencimento, no caso do cartão. Quanto ao cheque, ele tem de ir ao banco informar que vai usar o 13º como abatimento da dívida”, ressaltou.

Já para os mais equilibrados, a vantagem de estar com as contas em dia é a de poder fazer as compras de natal já em novembro, fazendo uma pesquisa com mais calma, buscando sempre o melhor preço. Mas, sem esquecer-se de guardar uma parte para as despesas de início de ano. “O 13º não pode ser visto como um adicional fora do orçamento do consumidor. O problema é que muitos, ao receber o dinheiro, acabam comprando por impulso sem avaliar se existem outras prioridades”, pontuou.

Tribuna da Bahia







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